No momento em que se assinala o Dia Mundial do Cancro de Mama, a 30 de outubro, relembra-se que é considerado, mundialmente, o tumor maligno mais frequente nas mulheres, sendo a primeira causa internacional de morte por cancro feminino.
Portugal segue a mesma tendência, sendo o tumor mais frequente nas mulheres, com cerca de 4.300 novos casos estimados, constituindo a principal causa de morte por neoplasia no sexo feminino.
As terapêuticas mais frequentes e também as mais eficientes para esta condição como a Cirurgia, a Radioterapia, a Quimioterapia e a Hormonoterapia apresentam algumas consequências/complicações, nomeadamente:
- Diminuição das amplitudes de movimento e da força muscular;
- Alteração do estado emocional, alterações posturais e da sensibilidade;
- Desenvolvimento de linfedema (inchaço) e dor;
- Aderências da parede torácica;
Assim, após cirurgia a cancro de mama, a atuação da fisioterapia assume um papel preponderante, podendo ajudar na redução da dor, na melhoria da função do membro superior (normalização das amplitudes de movimento e ganho de força muscular) do lado operado e na mobilidade da pele e cicatrizes; ajuda na preparação e melhoria dos tecidos para optimizar o resultado estético na reconstrução mamária; aconselhamento sobre eventuais adaptações a realizar no local de trabalho; prevenção e/ou tratamento do linfedema/infeções da pele, ensinando novos comportamentos a ter com o braço do lado operado, de forma a prevenir o seu aparecimento.
Há falta de partilha de informação ao utente no que diz respeito a esta área de atuação da fisioterapia, o que faz com que muitas mulheres sejam encaminhadas ao fisioterapeuta tardiamente, quando já apresentam complicações instaladas, diminuindo as hipóteses de uma completa recuperação funcional. A intervenção da fisioterapia no momento certo, pode ser decisivo na devolução de uma vida normal à mulher, possibilitando-lhe uma melhor qualidade de vida.